31 de agosto de 2019

«Portugal condecora funcionários da ONU ligados ao processo timorense»

No Diário de Notícias: "Três dos funcionários da ONU que mais estiveram ligados à luta pela independência de Timor-Leste -- Francesc Vendrell, Tamrat Samuel e Ian Martin -- foram hoje condecorados com a Comenda da Ordem da Liberdade, conferida pela Presidência da República portuguesa." [notícia integral]

30 de agosto de 2019

«Timor-Leste Referendo em Timor-leste foi há 20 anos»

Na Euronews: "30 de agosto de 2019, dia de festa em Timor-leste. O referendo que determinou a independência aconteceu há exatamente 20 anos, depois de décadas de intensa diplomacia." [notícia integral]

«East Timor independence: a short history of a long and brutal struggle – video»

No The Guardian: "After nearly 300 years of colonial rule, Portugal withdrew from East Timor in 1975, sparking a bitter rivalry between local groups that ended in Fretilin forces declaring East Timor independent. Indonesia invaded nine days later, beginning an brutal regime of occupation that would last until 1999. More than 200,000 East Timorese died and many more suffered during massacres, torture and starvation. In the 1990s, a combination of the independence movement gaining strength, growing worldwide pressure and political reform in Indonesia led to a UN-sponsored referendum on independence on 30 August 1999. The historic ballot saw 78% of East Timorese vote for independence. Indonesian-backed militias responded by unleashing a wave of terror with attacks on civilians, looting and burning of homes until an Australian-led peacekeeping force arrived in late September 1999."

«Memórias de Timor e a corrida às legislativas»

No PÚBLICO: "As memórias de Ana Sá Lopes, São José Almeida, Sónia Sapage e Luciano Alvarez dos 20 anos do referendo de Timor-Leste e ainda a análise ao arranque (não oficial) da campanha eleitoral para as legislativas. Neste episódio ainda há espaço para a análise à escolha de Elisa Ferreira para comissária europeia." [ouvir podcast 'Poder Público']

«Como a Holanda ajudou a salvar os portugueses depois do referendo em Timor-Leste»

No PÚBLICO: "Timor festeja hoje a liberdade. O dia em que, há 20 anos, os timorenses votaram a favor da independência em referendo. O PÚBLICO desafiou Ana Gomes, na altura líder da secção de interesses de Portugal em Jacarta, a recordar o processo que levou à consulta popular e o dia e a angústia com que acompanhou os dias de violência que se seguiram." [artigo integral]

«O 'obrigado' de Timor "ao povo irmão de Portugal". Os 20 anos do referendo à independência»

Na TSF: "No dia em que se assinalam 20 anos sobre o referendo à independência de Timor-Leste, o presidente do Parlamento timorense agradeceu aos portugueses, lembrando que "Portugal foi dos poucos que sempre apoiou a independência" do país." [notícia integral]

«Ana Gomes lembra o processo do referendo em Timor-Leste»

Na SIC Notícias: "A antiga eurodeputada sublinha o papel da diplomacia portuguesa na libertação da antiga colónia, mas admite que Portugal poderia ter feito mais por Timor nos últimos 20 anos." [notícia integral]

27 de agosto de 2019

«Timor-Leste, 20 anos depois do referendo: "Portugal manteve a questão na agenda internacional"»

Na RTP: "Em entrevista à RTP numa altura em que se assinalam os 20 anos do referendo de independência de Timor-Leste, realizado a 30 de agosto de 1999, o diplomata Fernando d'Oliveira Neves recorda como decorreram as negociações." [notícia integral]

12 de novembro de 2016

«Os 15 minutos de barbárie que mudaram Timor»

No PÚBLICO: "Antes de Santa Cruz, houve massacres terríveis, alguns até mais sangrentos. Mas nenhum foi filmado. A 12 de Novembro de 1991 ficou provado, em vídeo, do que os indonésios eram capazes. Fora de Timor Leste, o massacre de Santa Cruz de 12 de Novembro de 1991, dentro de um cemitério de Díli, teve um significado político claro: a resistência timorense tinha “capacidade de acção política para romper o muro de silêncio”, com resume Carlos Gaspar, da Fundação Oriente e na altura conselheiro político no Palácio de Belém. Dentro de Timor, 25 anos depois, ainda se procuram mortos. Há os 271 que morreram no cemitério, mas há mais de cem que morreram nos dias seguintes e nunca foram entregues às famílias." [notícia integral]

Outras notícias:
Imagens do massacre de Santa Cruz saíram escondidas dentro de roupa interior

«Massacre de Santa Cruz, em Timor, foi há 25 anos»

Na RTP: "Celebrava-se uma missa de homenagem ao timorense Sebastião Gomes, também ele morto dias antes por elementos ligados às forças indonésias, quando as primeiras rajadas de metralhadora foram dirigidas à população. Um ato de violência que vitimou mais de 250 timorenses e que desencadeou uma onda mundial de protesto e repudio." [notícia integral]

Outras notícias:
Chacina em Díli aconteceu há 25 anos Massacre de Santa Cruz recriado por timorenses 25 anos depois

12 de novembro de 2013

«Timorenses assinalam 22 anos do massacre de Santa Cruz»

Na RTP: "Uma imagem pode ser mais forte que um exército e há imagens que mudam o rumo da História. A História de Timor-Leste começou a mudar há 22 anos, quando o mundo viu horrorizado o massacre do cemitério de Santa Cruz, em Díli." [reportagem]

«Jovens estão na linha da frente para continuar Timor-Leste diz Presidente no 22º aniversário do massacre de Sta Cruz»

Na RTP (via Lusa): "O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, afirmou, numa mensagem divulgada por ocasião do Dia Nacional da Juventude, que hoje se celebra, que os jovens estão na linha da frente para continuarem a construção do país. "Vocês jovens estão na linha da frente para continuarem com a independência", referiu o chefe de Estado timorense na mesma mensagem, por ocasião do Dia da Juventude, que assinala também o 22.º aniversário do massacre de Santa Cruz." [notícia integral]

11 de novembro de 2011

«20 anos depois, o que ficou?»

No Sapo Timor-Leste: "A 12 de Novembro de 1991, o mundo assistiu a um dos mais atrozes massacres de sempre. O exército indonésio avançou e disparou sobre mais de dois mil manifestantes que homenageavam o jovem estudante Sebastião Gomes, morto pela repressão, no cemitério de Santa Cruz, em Díli. Do ataque resultaram 74 mortos mas, nos dias seguintes, mais 127 timorenses foram "caçados" pelo exército da Indonésia. A maior parte dos corpos continua em parte incerta." [artigo integral] [Especial 20 anos do Massacre de Santa Cruz]

Max Stahl: «Sacrifícios devem dar resultados»

Gregário Saldanha: «Massacre foi 'mal necessário'»

Testemunhas de Santa Cruz: Elsa e Josefina

Testemunha de Santa Cruz: Justiano de Jesus

Testemunha de Santa Cruz: Casimiro Gonçalves

25 de dezembro de 2010

«Camberra trabalhou com Jacarta para gerir massacre de Balibó, revela Wikileaks»

Na SIC Notícias: "Telegramas diplomáticos divulgados pelo WikiLeaks confirmam que o governo australiano trabalhou com a Indonésia para gerir as consequências políticas quando, em 2007, um relatório atestou que o exército indonésio tinha mandado executar cinco jornalistas em Balibó, Timor-Leste." [notícia completa]

12 de novembro de 2010

«Massacre de Santa Cruz foi há 19 anos»

No SAPO: "Foi há 19 anos que o mundo "acordou" para uma realidade, até então, escondida. Naquele dia 12 de Novembro de 1991, muitos estudantes deslocaram-se à missa do jovem Sebastião Gomes. Depois o destino foi o cemitério de Santa Cruz. O Massacre de Santa Cruz marca o início da derrota da ocupação Indonésia. As imagens captadas por Max Stahl, jornalista que na altura estava ao serviço da Yorkshine Television, sensibilizaram a comunidade internacional para a dramática situação do povo timorense." [notícia completa]

12 de novembro de 2009

1994: timorenses ocupam embaixada norte-americana em Jakarta

Assinala-se hoje outra efeméride: a ocupação da embaixada norte-americana em Jakarta por um grupo de estudantes timorenses, a 12 de Novembro de 1994. A história é contada aqui, aqui e aqui na primeira pessoa.

Massacre: The Story of East Timor*

Link: Massacre: The Story of East Timor

*Amy Goodman e Allan Nairn (1992)

«Presidente da República garante compensações às vítimas do massacre de Santa Cruz»

Comunicado: "O Presidente da República, Dr. José Ramos-Horta, garantiu hoje compensações económicas às vítimas do massacre do Cemitério de Santa Cruz, em Díli, onde centenas de Timoreses foram mortos por militares indonésios a 12 de Novembro de 1991. Ramos-Horta falava no 18/o aniversário do trágico dia, durante uma cerimónia realizada frente ao cemitério, em que também intervieram – perante milhares de cidadãos – o Presidente do Parlamento, Fernando "La Sama" de Araújo, e o Primeiro-Ministro, Kay Rala Xanana Gusmão. "O Estado tem a obrigação de cuidar das vítimas do 12 de Novembro", declarou o Presidente da República." [versão integral]

«Podemos perdoar, mas não esquecer o massacre de Santa Cruz»

No JN: "José Ramos-Horta, presidente de Timor-Leste, sublinha que o povo timorense "não pode ficar refém da dor", no dia em que se assinalam 18 anos do massacre no cemitério de Santa Cruz. Ramos-Horta falava na cerimónia evocativa do 18º aniversário do massacre de Santa Cruz, perante milhares de pessoas que se aglomeraram frente ao cemitério, em que também intervieram o presidente do Parlamento, Fernando "La Sama" de Araújo, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão." [artigo integral]

«Dezoito anos após Santa Cruz, a luta é agora por um país estável e desenvolvido»

Na Lusa: "Díli, 11 Nov - O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, realçou hoje a importância do massacre de Santa Cruz na luta pela independência e disse aos sobreviventes que a luta é agora por um país estável e desenvolvido. Xanana Gusmão falava na jornada de reflexão sobre "o espírito do 12 de Novembro de 1991 e a unidade e desenvolvimento nacional", promovida hoje em Díli pelo Comité 12 de Novembro, no âmbito do aniversário dos 18 anos do massacre do cemitério de Santa Cruz. "O massacre de Santa Cruz faz parte da luta nacional e teve um grande impacto no mundo, levando a uma particular atenção para o que se passava em Timor-Leste."

O massacre de Santa Cruz foi há 18 anos

O massacre de Santa Cruz, em Díli, aconteceu no dia 12 de Novembro de 1991, há 18 anos.



Para saber mais:
Democracy Now - Massacre: The Story of East Timor (inglês)
ETAN (inglês)
Friends of Timor (inglês)
Wikipédia - Timor-Leste
Wikipedia - Santa Cruz Massacre (inglês)

2 de outubro de 2009

Xanana em Lisboa


Bonita imagem esta que o António José [link] envia. Foi tirada em Outubro de 1999 durante a primeira visita de Xanana Gusmão a Lisboa. A foto terá sido feita após a saída dele do pavilhão de Macau, no Parque das Nações. "Xanana deu uma vez mais a volta à segurança para se aproximar das pessoas", recorda. O António garante que apenas duas pessoas têm a impressão original, uma delas é Xanana. Obrigado!

30 de setembro de 2009

«Pensei que nos iam abater»

Na TSF a 30/9/99: "Três jornalistas foram interceptados e agredidos por militares indonésios em Becora. Charles Hires, fotógrafo americano, relatou ao DN essas horas dramáticas vividas com «um gosto amargo na boca». No dia 21 de Setembro o jornalista holandês Sander Dhoenes, correspondente em Jacarta do Financial Times, foi abatido com uma bala à queima-roupa por militares indonésios em Becora, um bastião pró-independentista nos arredores de Díli. Dois outros jornalistas, o britânico John Swain, do Sanday Times, e o fotógrafo americano da agência Gama, Charle Hires, foram dados como desaparecidos no mesmo dia. Após uma forte mobilização das forças da Interfet, os dois jornalistas foram descobertos, seis horas depois, são e salvos. Charle Hires contou ao DN, ainda traumatizado, as circunstâncias da sua intercepção e as horas dramáticas vividas pelos jornalistas." [artigo integral]

DN 30/09/99


DN 30/09/99


29 de setembro de 2009

«Timorenses começam a regressar a Díli»

Na TSF a 29/9/99: "Apesar da miséria, as pessoas voltam a acreditar no futuro. A capital conquista um novo movimento. O movimento de refugiados para Díli começou a intensificar-se. As ruas de Díli estão agora sobrelotadas. Já há gente a instalar-se nas suas casas. Alguns privilegiados que encontraram as casas de pé, apesar de saqueadas. Os poucos edifícios públicos que não foram totalmente queimados são inspeccionados ao mais pequeno pormenor. Uma simples cadeira, uma tábua, ferros, chapas, um colchão, almofadas, tudo é aproveitado, para um início de vida. Os timorenses parecem formiguinhas a acartar tudo o que podem. Preparam-se antes das chuvas, que estão para breve. Há crianças de quatro e cinco anos a transportar enormes pesos." [artigo integral]

«Os mistérios da (in)segurança»

Na TSF a 29/9/99: "A Indonésia diz que a responsabilidade é agora da Interfet. Mas ontem foram vistos militares da TNI a desembarcar em Díli. Enquanto o comandante militar Kiki Syahnakry afirmava, a partir de Bali, que a responsabilidade da segurança em Timor é agora da Interfet, os responsáveis da força recusam que tenha havido transferência de poderes e continuam a insistir numa «responsabilidade partilhada».
E mesmo sem comandante indonésio em Díli, o coronel Mark Kelly, da Interfet, diz que há um órgão consultivo que se reúne diariamente, para coordenar a cooperação entre as TNI (as forças armadas indonésias) e a Interfet." [artigo integral]

28 de setembro de 2009

«Indonésia está a sair de Timor»

Na TSF a 28/9/99: "A Indonésia está a abandonar Timor. Ontem ficaram só 1500 militares. E o comandante Kiki Syahnakri (responsável pela aplicação da lei marcial no território) saiu da ilha, entregando o comando às forças internacionais. Uma cerimónia que deveria ter sido reservada, mas que, afinal contou com a presença, só, de jornalistas indonésios. Os australianos, mantendo a atitude de evitar conflitos com a Indonésia, usaram palavras cuidadosas: «Até à data em que a Assembleia Consultiva do povo vai desanexar o território, a Indonésia detém a soberania sobre Timor. Não se esqueçam», afirmou o coronel Mark Kelly, porta-voz da Interfet, referindo sempre que o mandato lhes foi conferido pelas Nações Unidas." [artigo integral]

Público 28/09/99


27 de setembro de 2009

«Nervos à flor da pele em Díli»

Na TSF a 27/9/99: "A Indonésia deverá passar hoje para a Austrália a responsabilidade pela segurança. O que está a gerar alguma tensão. Em Díli Para surpresa geral, a força de paz em Timor-Leste tentou ontem juntar os cerca de cem jornalistas presentes na capital timorense num único hotel, fortemente protegido. A medida foi tomada na sequência de informações que apontavam para um ataque das milícias. A Interfet recomendou aos jornalistas que se juntassem no hotel Turismo, situado próximo do porto e rodeado de um forte dispositivo de segurança, onde 40 representantes de meios de comunicação social internacionais se encontram instalados. Outros 60 estavam nos arredores. Dezenas de jornalistas acabaram por ser escoltados por soldados da Interfet até ao hotel, onde foram obrigados a apagar todas as luzes." [artigo integral]

«Ajuda humanitária portuguesa começa a chegar»

Na TSF a 27/9/99: "Aos poucos, a ajuda humanitária do Governo português a Timor começa a chegar a Díli. Ontem, foi a vez de um primeiro avião transportar oito pessoas e 13 toneladas de ajuda, estando previstos novos voos ao longo de toda esta semana. A missão humanitária portuguesa prevê o transporte para Timor-Leste de 60 toneladas de ajuda - entre as quais um hospital de retaguarda, ambulâncias, medicamentos e rações de combate - e de 64 pessoas (em vez das 72 inicialmente previstas) para concretizar essa ajuda junto das populações carenciadas." [artigo integral]

Público 27/09/99


26 de setembro de 2009

«O frasco cheio de balas da irmã Marlene»

Na TSF a 26/9/99: "Durante quinze dias, as freiras salesianas deram guarida a 400 timorenses e repeliram com rezas os ataques das milícias. A irmã Marlene tem dentro de um frasco todos os invólucros de bala que caíram nas imediações da residência das freiras salesianas em Díli durante os ataques das milícias e que têm vindo a ser recolhidos aqui e ali pelos miúdos que lá se encontram refugiados. Ri-se quando mostra o frasco de vidro aos jornalistas, com um brilho traquina nos olhos asiáticos, como se a experiência por que acabou de passar fosse um quase-nada." [artigo integral]

«Uma calma apenas aparente»

Na TSF a 26/9/99: "A histeria da véspera, com acções muito vistosas e intimidatórias por parte da Interfet, quando um contingente numeroso de militares indonésios abandonava Timor, já passou, e a menor presença indonésia deixou a cidade bastante mais calma. Pelo menos aparentemente. O povo está mais alegre, apesar das condições miseráveis. As crianças brincam com nada, os jovens fazem o V de vitória e todos põem camisolas do Xanana. Sempre ânimo e esperança, apesar da miséria. Díli é hoje uma terra arrasada. Vai tudo ter de começar do zero. Há um trabalho incomensurável de limpeza a fazer e a reconstrução vai certamente demorar anos a fio..." [artigo integral]

Público 26/09/99



25 de setembro de 2009

Por Timor


Expresso 25/09/99

«Eu próprio enterrei quatro corpos»

Na TSF a 25/9/99: "Histórias na primeira pessoa de quem viveu os dias de terror e agora as horas da fome em Díli. Ontem era dia importante em Díli. Jornalistas de várias nacionalidades e dois idiomas partem cidade fora, a pé, em busca de motivo de reportagem. No grupo, falam-se duas línguas: português e inglês. De repente, alguém nos aborda: «São portugueses?» Esclarecida a situação, o homem, 50 e tal anos vestidos de negro, desafaba: «Que eu preciso de falar com alguém, pois não sei da minha família.» Recomenda-se-lhe que contacte a Cruz Vermelha, que tem como um dos seus objectivos declarados para Díli ajudar a reunir famílias divididas." [artigo integral]

Público 25/09/99


24 de setembro de 2009

«Isto não é nenhum jogo»

Na TSF a 24/9/99: "Tiros e muita agitação em Díli entre militares da Interfet e indonésios. Peter Cosgrove promete responder a provocações. Há dias assim. Começam com cadáveres, agitação e tiroteio e acabam com ameaças, questões de segurança, e militares a guardar-nos à noite. A história foi falada entre jornalistas, na véspera. Que havia um poço no quintal da casa de Manuel Carrascalão cheio de cadáveres. Supostamente, contou um vizinho, os homens das milícias terão decapitado e cortado os membros aos timorenses que mataram e lançado no mar as cabeças, deixando os corpos naquele poço e noutros locais. Tudo, para dificultar a identificação. Fomos ver. Uns miúdos estavam na rua, bastou perguntar onde era, eles apontaram logo para o poço. Primeiro o cheiro insuportável - as tábuas indicavam a passagem. Uma tampa de ferro. Abre-se. E a imagem é terrível. Milhões de bichos brancos «trabalham» freneticamente na decomposição do cadáver. Percebe-se que é um corpo, um tronco, que está de costas para cima. Ao lado está um braço. Não se vê mais nada. " [artigo integral]

Público 24/09/99


23 de setembro de 2009

VISÃO 23/09/99



Acção Urgente (3)


«Força ainda não segura Timor»

Na TSF a 23/9/99: "Díli está ainda muito longe de ser uma cidade segura. A presença das forças internacionais é fortemente sentida junto ao aeroporto de Komoro, em toda a avenida até ao centro, nas várias artérias da zona mais central e prolonga-se pela marginal até ao Hotel Turismo. O porto está também bem vigiado. Tudo o resto é terra de ninguém, casas arrasadas. Aqui e ali alguns militares, o sempre presente cheiro a queimado e alguns, poucos, timorenses vagueando, espreitando algo que possa ter sido esquecido nos saques." [artigo integral]

Público 23/09/99


22 de setembro de 2009

«Díli, uma visão dantesca»

Na TSF a 22/9/99: "Nas ruas desertas e negras da capital timorense circulam os jipes australianos e ainda são visíveis soldados indonésios. Quando repentinamente a ilha se desenhou no meio de um mar azul profundo, Timor visto do avião pareceu-nos uma lágrima. Uma lágrima de sangue correndo na face do mundo. Depois foi a chegada ao aeroporto, controlado pelas forças multinacionais em uniformes de combate e o dedo no gatilho. Aviões gigantes da força aérea australiana fazem rotações em permanência transportando homens e material. Um vaivém incessante no meio do barulho ensurdecedor dos seus motores a hélice. No exterior do aeroporto, para além de um impressionante dispositivo das tropas da Interfet, encontrámos os primeiros militares indonésios armados. Uma presença cada vez mais visível à medida que nos dirigíamos para a cidade de Díli. Díli, uma visão dantesca, uma cidade calcinada com o ardor da terra queimada envolvida ainda por nuvens de fumo." [artigo integral]

Público 22/09/99


21 de setembro de 2009

«Díli sem gente e sem milícias»

Na TSF a 21/9/99: "Díli sem gente e sem milícias. A capital de Timor-Leste é uma cidade deserta. Os refugiados estão concentrados junto do porto. A falta de água é o principal problema. Díli é uma cidade calma. Extraordinariamente calma. As ruas estão completamente vazias, as lojas deixaram de o ser, não há telefones, não há água. E ontem nem mesmo milícias havia. Os últimos elementos das milícias terão partido durante as horas que precederam a entrada da força multinacional. Para Jacarta ou para a parte ocidental de Timor. Apesar de livre de milícias, Díli é ainda uma cidade insegura. Assusta percorrer estas ruas desertas. Vêm-nos à memória os relatos de terror das últimas semanas." [artigo integral]

Público 21/09/99


20 de setembro de 2009

«Ninguém sabe onde está Xanana Gusmão»

Na TSF a 20/9/99: "A Comunidade timorense em Darwin desapontada com secretismo em torno do líder da Resistência. O Governo australiano pode estar a preparar uma jogada mediática com Xanana Gusmão. O líder da Resistência chegou à pacífica e calmíssima Darwin, de avião, fintou mais de cem jornalistas, e a sua localização é desconhecida. Onde está Xanana?
O presidente do Conselho Nacional da Resistência Timorense (CNRT) está envolvido numa misteriosa fuga de Jacarta, que intriga todos os que acompanham a situação em Timor-Leste." [artigo integral]

Público 20/09/99